Jaraguá na PUC Campinas: 8 mulheres graduam-se em Arquitetura com TFG sobre o distrito

No dia 10 de dezembro de 2018 foi apresentado no Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologia da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas) um Trabalho Final de Graduação (TFG) cujo tema é o distrito Jaraguá SP.

Imagem 1: proposta de Plano Urbano para o Jaraguá SP.
Fonte: TFG Plano Urbano Jaraguá.

O documento científico foi produzido por 8 mulheres, são elas:

• Ana Carolina Gonçalves
• Beatriz Aburad Jardim
• Beatriz Graboschi
• Daiane Hernandes
• Fernanda Malerba
• Letícia Taverna Papa
• Mariana Yumi Shimura
• Marina Cozar Zolio

Ao longo do projeto, elas foram orientadas pelo professor doutor Claudio Manetti.

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O TFG foi submetido na referida data a uma banca examinadora composta pelo:

• Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela USP, Leandro Schenk;
• Mestre em Urbanismo pela PUC Campinas, Luís Fernando Campanella

Com o feito, as graduandas receberam o título de Arquitetas Urbanistas.

O TFG: um plano urbano sobre o Jaraguá

O TFG desenvolvido pelas agora arquitetas urbanistas Ana, Beatriz A., Beatriz G., Daiane, Fernanda, Letícia, Mariana e Marina é um plano urbano para o distrito Jaraguá, São Paulo. Para entenderem melhor a área de estudo, elas delinearam três escalas (vide Imagem 2):

• Escala metropolitana:

Abrange a Região Metropolitana de São Paulo e suas características geográficas.

• Escala regional:

Abrange o noroeste da cidade de São Paulo, onde está localizado o Jaraguá, e sua infraestrutura urbana.

• Escala distrital:

Abrange o que está dentro do distrito e como as estruturas metropolitanas e regionais o influenciam.

Com base nesse estudo de escalas, as arquitetas criaram o Plano Urbano Jaraguá, o qual tem as seguintes premissas:

• Romper barreiras físicas e visuais como a Rodovia dos Bandeirantes e trilhos, por exemplo, para conectar áreas verdes, enaltecer o potencial paisagístico e facilitar a mobilidade local;

• Valorizar a cultura do povo nativo, os índios guaranis, que depois de terem sido expulsos por Afonso Sardinha no final dos anos 1500, voltaram a ocupar a região em 1964 (vide Imagem 3);

• Reestruturar o aspecto habitacional por meio da reorganização e criação de espaços mais democráticos que melhoram a vida urbana e a qualidade de vida democraticamente;

• Conectar áreas verdes como reservas ambientais, parques e áreas livres com a finalidade de criar um anel verde voltado para o equilíbrio e preservação dos ecossistemas locais.

Com isso, o plano prevê a realização de vários projetos na região, dentre os quais os denominados "Viveiro Educacional da Mata Atlântica", "Estação Parque Guarani", "Museu das Nações Indígenas" e "Centro Educacional Jaraguá" (vide Imagem 1).

Imagem 3: Valorização do povo Guarani é marcante no projeto.
Fonte: TFG Plano Urbano Jaraguá

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Além de muita teoria, as arquitetas usaram neste projeto tudo o que aprenderam durante as visitas que fizeram ao Jaraguá no ano passado. No dia 7 de abril de 2018, por exemplo, elas estiveram na Terra Indígena Jaraguá e no Parque Estadual Jaraguá (PEJ).

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Nesta oportunidade, as arquitetas urbanistas também passaram pela primeira via asfaltada do distrito, a avenida Jerimanduba, e percorreram trechos da Estrada Turística do Jaraguá, da Estrada de Taipas, da Estrada do Corredor e da avenida Raimundo Pereira de Magalhães. Conversaram com moradores e visualizaram a infraestrutura urbana atual de perto.

Posteriormente, elas forneceram ainda sugestões de melhorias para o PEJ.

Enfim, a documentação do projeto com textos, mapas e croquis está disponível para visualização livre e gratuita no site "Trabalho Final de Graduação: Plano Urbano Jaraguá", na plataforma Wix. Vale a pena acessar e ler.

Sobre o Autor:

Marinaldo Gomes Pedrosa é formado em Jornalismo pela UniSant'Anna. Vive no bairro Jaraguá desde 1976.