Dirigido e lançado em 2016 pelo jornalista jaraguense Thiago Carvalho e pelo professor indígena Jam Jekupe, o documentário "Ribeirão das Lavras: um rio guarani" expõe a importância e ao mesmo tempo o atual estado de poluição do pequeno rio que nasce nas entranhas do Pico do Jaraguá, em São Paulo, passa pela Tekoa Ytu (Aldeia da Cachoeira) no sopé do referido morro, muda de nome para Ribeirão Vermelho e só então deságua no rio Tietê.
"Neste filme, lideranças indígenas da aldeia fazem um relato de como era o rio e como ele está no exato momento e pedem atenção do poder público para a questão", explica Carvalho que também é o autor do documentário "Atrás da Pedra: resistência tekoa guarani" lançado em 2015.
Repleto de história, o Ribeirão das Lavras é o mesmo onde - no decorrer de uma campanha de exploração do planalto e interior paulista liderada pelos portugueses chamados bandeirantes, por volta de 1560 - o minerador Luiz Martins avistou ouro e algumas pedras verdes pela primeira vez e do qual Afonso Sardinha retirou a primeira mineração de ouro registrada nos documentos da Vila de São Paulo de Piratininga, nos anos 1590, conforme nos conta o historiador Wilson Alves de Castro em seu livro "Morro Jaraguá: o senhor dos vales".
Segundo petição pública feita por moradores da região, desde o início da década de 2000, o leito principal e os afluentes do Ribeirão das Lavras estão poluídos com resíduos sanitários provenientes de ramais clandestinos e de redes coletoras do esgotamento sanitário da Sabesp.
A poluição deste pequeno rio que passa pela Terra Indígena (TI) Jaraguá provoca inúmeros percalços às pessoas que vivem no seu entorno, principalmente para os índios guaranis estabelecidos ali desde 1964, quando as suas águas ainda eram limpas. O documentário emociona pela franqueza do discurso dos entrevistados, os quais expõem o desejo de ver o Ribeirão das Lavras completamente limpo para que a vida possa brotar novamente dele como antes.
Carvalho conta que, em 2016, foi convidado para participar de um mutirão na Tekoa Ytu e para a criação deste documentário sobre o Ribeirão das Lavras, o que ele aceitou mediante uma condição, a de que os moradores da aldeia também participassem ativamente do projeto, "assim, não sou o único que assina a direção deste curta-documentário, mas o professor Jam Jekupe (conhecido por Jurandir) assina comigo, tendo ainda o estudante Richard Wera Mirim como produtor de algumas imagens", revela.
O documentário "Ribeirão das Lavras: um rio guarani" está integralmente disponível para visualização no YouTube e você poderá assisti-lo agora mesmo, confira:
Direção: Jam Jekupe e Thiago Carvalho
Apoio em Imagens: Richard Wera Mirim
Mixagem e Finalização de Áudio: Diego Techera
Trilha Sonora/Voz e Violão: Diogo Martim Karai Mirim e Rabeca Jam Jekupe
Ano: 2016
Duração: 35 minutos
Classificação: L (Livre para todas as idades)
Gênero: Documentário
Idioma: Português/sem legenda
Apoio:
Existe Água em SP
GrATOS Brasil
Semeare - Apoio ao Indígena
Participações:
Cacique Marcia Djera
Eunice Jera Poty
Sonia Ara Mirim
Adriano Sampaio
Sobre o Autor:
O documentário Ribeirão das Lavras emociona pela franqueza dos discursos das pessoas entrevistadas |
Repleto de história, o Ribeirão das Lavras é o mesmo onde - no decorrer de uma campanha de exploração do planalto e interior paulista liderada pelos portugueses chamados bandeirantes, por volta de 1560 - o minerador Luiz Martins avistou ouro e algumas pedras verdes pela primeira vez e do qual Afonso Sardinha retirou a primeira mineração de ouro registrada nos documentos da Vila de São Paulo de Piratininga, nos anos 1590, conforme nos conta o historiador Wilson Alves de Castro em seu livro "Morro Jaraguá: o senhor dos vales".
Segundo petição pública feita por moradores da região, desde o início da década de 2000, o leito principal e os afluentes do Ribeirão das Lavras estão poluídos com resíduos sanitários provenientes de ramais clandestinos e de redes coletoras do esgotamento sanitário da Sabesp.
A poluição deste pequeno rio que passa pela Terra Indígena (TI) Jaraguá provoca inúmeros percalços às pessoas que vivem no seu entorno, principalmente para os índios guaranis estabelecidos ali desde 1964, quando as suas águas ainda eram limpas. O documentário emociona pela franqueza do discurso dos entrevistados, os quais expõem o desejo de ver o Ribeirão das Lavras completamente limpo para que a vida possa brotar novamente dele como antes.
Carvalho conta que, em 2016, foi convidado para participar de um mutirão na Tekoa Ytu e para a criação deste documentário sobre o Ribeirão das Lavras, o que ele aceitou mediante uma condição, a de que os moradores da aldeia também participassem ativamente do projeto, "assim, não sou o único que assina a direção deste curta-documentário, mas o professor Jam Jekupe (conhecido por Jurandir) assina comigo, tendo ainda o estudante Richard Wera Mirim como produtor de algumas imagens", revela.
O documentário "Ribeirão das Lavras: um rio guarani" está integralmente disponível para visualização no YouTube e você poderá assisti-lo agora mesmo, confira:
Ficha Técnica
Título: Ribeirão das Lavras - Um rio guaraniDireção: Jam Jekupe e Thiago Carvalho
Apoio em Imagens: Richard Wera Mirim
Mixagem e Finalização de Áudio: Diego Techera
Trilha Sonora/Voz e Violão: Diogo Martim Karai Mirim e Rabeca Jam Jekupe
Ano: 2016
Duração: 35 minutos
Classificação: L (Livre para todas as idades)
Gênero: Documentário
Idioma: Português/sem legenda
Apoio:
Existe Água em SP
GrATOS Brasil
Semeare - Apoio ao Indígena
Participações:
Cacique Marcia Djera
Eunice Jera Poty
Sonia Ara Mirim
Adriano Sampaio
Marinaldo Gomes Pedrosa é formado em Jornalismo pela UniSant'Anna. Vive no bairro Jaraguá desde 1976. |
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