Já era sabido entre quase todos os corredores que participaram da Meia Maratona Pico do Jaraguá - SP, realizada no último final de semana no local que leva o mesmo nome da prova, que percorrer as sinuosas curvas da belíssima Estrada Turística do Jaraguá não seria uma tarefa fácil, ainda menos nestes dias muito secos. Descer e subir várias vezes então, seria tarefa para poucos corajosos que optaram pelas distâncias de 14Km e 21km. O que ninguém esperava de fato era que ao cair da noite houvesse uma mudança de tempo que "derrubaria" os termômetros, que durante toda semana estavam estacionados na casa dos 25°C em média, para os congelantes 17°C no horário da largada. Conclusão, esses 17°C na altitude do Pico do Jaraguá (a 1.135m) fizeram a sensação térmica beirar os 14°C.
No começo, como já era de se esperar, muitos corredores aproveitaram a grande inclinação e soltaram as pernas estabelecendo velocidade média acima de 10 Km/h, o que para muitos corredores mais lentos como este que escreve, é uma excelente velocidade.
Mesmo na completa escuridão as passadas eram seguras e não houve nada que tenha ocasionado problemas de insegurança aos participantes como buracos e desníveis de pista. Isso se deu pelo ótimo asfalto que a Estrada Turística do Jaraguá tem e também pelo staff, presente em grande parte do percurso para auxiliar os participantes.
Os pontos de hidratação estavam bem espalhados pelo percurso. Entretanto, a organização não escapou das críticas de alguns corredores, os quais entenderam que faltou comunicação reforçada para alertar como deveria ser o descarte dos copos d'água consumidos pelos atletas. Não foram poucas as vezes em que foi possível presenciar copos sendo arremessados na mata, no penhasco ao lado. Como se é de imaginar, estes copos dificilmente serão recolhidos pela organização, sendo deixados no local, onde poderão ocasionar malefícios à flora e fauna local.
Mas, enfim, voltando à corrida, por volta do quilômetro 3,5 chegou o não tão aguardado retorno. Hora de subir! E o que era uma velocidade alucinante e certamente a maior velocidade que a maioria dos corredores já exercera em uma corrida, não passou de uma longa e dolorosa caminhada em aclive. Sim, foi possível ver muitos corredores caminhando e outros, poucos talvez, trotando a passos bem curtos e com a respiração ofegante.
Corri o tempo todo acompanhado pelo Júlio Alexandre (vide vídeo a seguir), que havia ganho uma promoção que eu fizera no canal "Pangaré de Tênis", do qual sou editor. Nós dois optamos pelos 7Km que consistiu em dar apenas uma volta no percurso, ou seja, descer e subir uma única vez. Assim, com os incríveis e cansativos 00:58:02 completei uma das provas mais aguardadas das últimas semanas.
O pós prova foi bem organizado tendo sido fornecidas frutas, água e a medalha de participação a todos os concluintes. Além dos 5 primeiros colocados para cada distância, houve premiação também para os 3 primeiros colocados por faixa etária em cada distância. Troféus e mais troféus foram sendo erguidos, o que gerava um largo sorriso nos rostos dos vitoriosos.
Mesmo com o tempo fechado foi possível apreciar a beleza da grande megalópole que é São Paulo com suas milhares de luzes espalhadas por todo horizonte e até onde foi possível enxergar a olho nu. Mesmo sendo um amante incondicional da corrida já sendo praticante desde 2003. A corrida foi só um pretexto para ter acesso a um dos pontos mais altos da cidade e poder matar a curiosidade, que desde meus tempos de menino e morador da Vila Mangalot, pairavam na minha imaginação.
Torcemos para que tenhamos novas oportunidades de subir no Pico do Jaraguá à noite para que possamos apreciar uma das mais belas vistas da cidade de São Paulo e arredores.
Sobre o Autor:
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| Largada da Meia Maratona Pico do Jaraguá 2018. Foto: acervo Felipe Rodrigues / Pangaré de Tênis |
Para os pouco mais de 500 corredores que enfrentaram a escuridão, os organizadores forneceram headlamps já sabendo que grande parte da estrada estaria em completo breu. E com um pouco mais de 5min após às 19h (horário marcado para largada) o locutor iniciou a contagem regressiva e deu-se início a prova.
No começo, como já era de se esperar, muitos corredores aproveitaram a grande inclinação e soltaram as pernas estabelecendo velocidade média acima de 10 Km/h, o que para muitos corredores mais lentos como este que escreve, é uma excelente velocidade.
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| A estrada do Pico do Jaraguá não possui iluminação urbana. O jeito foi correr com uma headlamp na cabeça. Foto: acervo Felipe Rodrigues |
Os pontos de hidratação estavam bem espalhados pelo percurso. Entretanto, a organização não escapou das críticas de alguns corredores, os quais entenderam que faltou comunicação reforçada para alertar como deveria ser o descarte dos copos d'água consumidos pelos atletas. Não foram poucas as vezes em que foi possível presenciar copos sendo arremessados na mata, no penhasco ao lado. Como se é de imaginar, estes copos dificilmente serão recolhidos pela organização, sendo deixados no local, onde poderão ocasionar malefícios à flora e fauna local.
Mas, enfim, voltando à corrida, por volta do quilômetro 3,5 chegou o não tão aguardado retorno. Hora de subir! E o que era uma velocidade alucinante e certamente a maior velocidade que a maioria dos corredores já exercera em uma corrida, não passou de uma longa e dolorosa caminhada em aclive. Sim, foi possível ver muitos corredores caminhando e outros, poucos talvez, trotando a passos bem curtos e com a respiração ofegante.
Corri o tempo todo acompanhado pelo Júlio Alexandre (vide vídeo a seguir), que havia ganho uma promoção que eu fizera no canal "Pangaré de Tênis", do qual sou editor. Nós dois optamos pelos 7Km que consistiu em dar apenas uma volta no percurso, ou seja, descer e subir uma única vez. Assim, com os incríveis e cansativos 00:58:02 completei uma das provas mais aguardadas das últimas semanas.
O pós prova foi bem organizado tendo sido fornecidas frutas, água e a medalha de participação a todos os concluintes. Além dos 5 primeiros colocados para cada distância, houve premiação também para os 3 primeiros colocados por faixa etária em cada distância. Troféus e mais troféus foram sendo erguidos, o que gerava um largo sorriso nos rostos dos vitoriosos.
Mesmo com o tempo fechado foi possível apreciar a beleza da grande megalópole que é São Paulo com suas milhares de luzes espalhadas por todo horizonte e até onde foi possível enxergar a olho nu. Mesmo sendo um amante incondicional da corrida já sendo praticante desde 2003. A corrida foi só um pretexto para ter acesso a um dos pontos mais altos da cidade e poder matar a curiosidade, que desde meus tempos de menino e morador da Vila Mangalot, pairavam na minha imaginação.
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| Troféu da modalidade 7Km. Foto: Marinaldo Gomes Pedrosa |
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Felipe Rodrigues é corredor de rua amador e editor do canal de vídeos “Pangaré de Tênis”, no Youtube. |
Muito bom!!! Parabéns Fe, pelo desafio e pelo registro S2
ResponderExcluirParabéns pela prova, pelas fotos e pelo texto! Deu pra passar um pouco das sensações e dificuldades de quem enfrentou esse desafio! Sucesso!
ResponderExcluirFelipe, parabéns pela prova e pelo texto. Imagino que não seja nada fácil subir a estrada no frio e no escuro. A narrativa ajuda e muito a imaginar o que foi este desafio, quem sabe me animo da próxima vez! Excelente texto, parabéns novamente.
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