Cientista da natureza observa e comenta o eclipse parcial do Sol a partir do bairro Jaraguá

Eclipse parcial do Sol observado em 26 de fevereiro de 2017 a partir do bairro Jaraguá, periferia de São Paulo, Brasil. A imagem foi feita com uma câmera comum (com filtro). Foto: Carol Cintra Waetge
Eclipse parcial do Sol observado em 26 de
fevereiro de 2017 a partir do bairro Jaraguá,
periferia de São Paulo, Brasil.
A imagem foi feita com uma câmera
comum (com filtro).
Foto: Carol Cintra Waetge
Texto: Lucélia Letta, Cientista da natureza formada pela USP (e-mail: letta.cienciasexatas@gmail.com)

Hoje, dia 26 de fevereiro de 2017, domingo de carnaval, os astros “dançaram” no céu dando-nos a oportunidade de prestigiar a incrível beleza de um eclipse parcial do Sol.

A Lua passou em frente ao Sol cobrindo-o parcialmente. A maior parte da ação ocorreu aproximadamente entre às 11h e 12h da manhã. Esse eclipse mostrou-nos que a Lua está próxima de seu apogeu, o que significa o mais longe possível da Terra.

O eclipse parcial de hoje também pode ser chamado de eclipse solar anular. Anular é diferente de um eclipse total, pois como a cobertura é parcial, a borda solar continua à mostra mesmo com sua totalidade ou parcialidade.

As pessoas que nesta oportunidade estavam em regiões localizadas ao sul do planeta puderam observar um anel de luz circundando a Lua, tal como explicou o professor doutor do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP), Roberto Dell'Aglio Dias da Costa, no artigo intitulado O eclipse solar de 26 de fevereiro de 2017, “ele não será total em lugar algum da Terra mas sim anular: em uma estreita faixa, o Sol poderá ser observado como um anel brilhante circulando a silhueta da Lua. Isto ocorrerá em um trecho do oceano Pacífico, no sul do Chile, sul da Argentina, ao longo de uma faixa no Atlântico Sul e finalmente em Angola e no Congo”.

Nós já vivenciamos um eclipse parcial do Sol como este de hoje em 2006. Já o último eclipse total aconteceu em 1994. Estes, visíveis no Brasil segundo os dados do Instituto Federal do Rio Grande do Sul e do IAG-USP. Portanto, fazia tempo que não víamos essa beleza dos astros “dançando” no céu.

Sobre a Autora:
Lucélia Letta Lucélia Letta é cientista da natureza formada pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each) da Universidade de São Paulo (Usp). É mestre em Ensino de Ciências pelo Instituto de Física da Usp.

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